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› música da semana: pink + white, frank ocean
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céu e mar.
azuis e imensos.
no fundo, o medo é o mesmo.
ao pegar um avião, rezo pela aeronave, rezo pela minha família e por todos que viajam comigo. uma oração longa e baixinha que dura até a turbulência da decolagem passar.
o motivo é bem simples: por mais dramático que possa parecer, sempre acho que aquele é meu último vôo.
os navios também me assustam, mas por esse medo culpo todas as dezenas de vezes que assiti titanic na pré-adolescência.
nunca entendi bem o porquê de tanto temor.
aviões não caem toda hora, e navios não são feitos para afundar.
e então ontem, com os pés na areia encarando a linha do horizonte que divide as duas partes de azul, me dei conta.
não temo a imensidão, que parece não ter fim, mas todas as coisas pra além dela que não consigo nomear.
é o medo de não ver exatamente o que existe embaixo da água, ou acima das nuvens que me perturba.
existem surpresas escondidas no desconhecido e o preço a se pagar pelas boas, é seguir em frente sem se deixar amedrontar pelas más.
o que desejo hoje é a coragem de encarar o que não vejo, na certeza de que as melhores coisas ainda estão escondidas no desconhecido, onde o céu e o mar se encontram.
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oi!
bastou uma olhada no mar pra uma edição nova nascer.
incrível como tudo o que uma garota da cidade precisa é se livrar dos prédios pra pensar melhor.
enviada com um dia de atraso, mas você me perdoa, né?
até quarta que vem!
le :)
Eu nunca tive medo de avião. Até ter filhos. Os aviões continuam os mesmos, mas a forma como a gente sente medo completamente após a paternidade.
Ps: eu sempre acho que vai ser meu último vôo kkkk e Morro de medoooo de mar. AMOOOO praia, e tudo mais, mas sabe aquele frio na barriga de ter algo que não conheço aí? Me identifiquei muitooo com o texto 🙏