[tempo de leitura: 4 minutos]
muito se fala sobre a alegria de ver os filhos conquistando o mundo, mas quase ninguém compartilha a emoção que é acompanhar nossos pais realizando seus sonhos.
eu tenho a sorte de assistir os meus se reiventando, ano após ano. quando acho que chegou ao fim, eles me surpreendem com um novo rumo, uma nova ideia.essa edição é sobre minha relação de amor e ódio com o passar dos anos. mas é, especialmente, sobre assistir meus pais ao longo do tempo.
como sempre, deixei links e citações que conversam com o texto lá no fim da edição.
boa leitura!beijos, le :)
um texto ✍🏼
me venderam a ideia de que a vida deveria ser construída até os 20, vivida aos 30 e repetida a partir dos 40.
sempre correndo, por dentro e por fora, mantive os pés e a mente na velocidade da luz, buscando alcançar as coisas que, de acordo com o mundo, já deveriam estar ao meu alcance.
talvez por ter apenas 26 e já estar exausta dessa maratona, assistir meus pais na casa dos 60 sonhando novas conquistas e redescobrindo outros caminhos, tenha sido um grande alívio.
acompanhando de perto suas jornadas, descobri que, ao contrário do que me diziam, ainda existe vida depois da aposentadoria.
de um lado, o desconforto da sensação de desconexão com o mundo, da busca por se definir além de um cargo, do medo de redescobrir quem se é em uma nova rotina, do assombro de admitir que os filhos cresceram e talvez seja a hora de diminuir o ninho.
do outro, as possibilidades de mais um recomeço, o espaço na agenda para lembrar do que se gosta de fazer, a coragem para ir atrás de um sonho esquecido no fundo da gaveta, o ânimo para tentar um novo esporte.
a vida não é infinita, mas é mais longa do que gostamos de admitir.
eu sou jovem e tenho tempo.
eu sou jovem e tenho tempo.
eu sou jovem e tenho tempo.
é o que repito respirando fundo em frente ao espelho, sempre que me esqueço que esse é só o começo, e que muitos recomeços ainda estão por vir.
seja com 20, 60 ou 80, enquanto estivermos vivos, ainda teremos tempo.
duas citações 💬
“o presente é tão grande, não nos afastemos. não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.” [livro]
“tudo nutre o que já é forte.” [livro]
três links 🔗
🎞️
a série “como viver até os 100”, da netflix, conta o que dan buettner descobriu nos 20 anos que passou estudando as populações que vivem mais. um documentário cheio de reflexões bonitas sobre envelhecer com saúde. [link]
🦆
o que garante que a gente esteve nesse mundo? o vídeo que alugou um triplex na minha cabeça [link]
✏️
afinal quem ditou tantas regras sobre o nosso próprio tempo? “abraçar uma vida fora de ordem, é como recriar a nossa própria história. riscar para escrever em cima”. [link]
Tiktok failed to load.Enable 3rd party cookies or use another browser
💌 agora tem trechinhos das edições no tiktok @_teoricamente
📱 se postar no story, marca meu insta? @souza_ltc
#55 | quantos likes ela merece?
[tempo de leitura: 4 minutos] em 2021 decidi passar um ano estudando a evolução dos termos que usamos para falar sobre as mudanças climáticas e, como era de se esperar, percebi que percorremos um longo caminho desde “aquecimento global” até “emergência climática".
Gratificante chegar aos 60 anos e abrir essa Newsletter Teoricamente e ter a certeza que tudo que fizemos valeu a pena, que orgulho filha. Te amoooo
Adorei! Me identifiquei muito pensando em como eu me sinto "atrasado" em tudo tendo apenas 19 anos, uma pressa enorme para já ter conquistado tudo, terminado a faculdade. Mas olho para os meus pais, e vejo os dois felizes depois de vários anos terminarem seus estudos, vejo eles planejando viagens para daqui a dois anos sem qualquer pressa. Acredito que Orelsan tava certo, "o único remédio é tempo"