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› pra ler ouvindo: best interest | tyler, the creator
‹ edição anterior: #85 | a única meta de 2025
eu sou uma sonhadora.
sonho tanto, que os pensamentos pessimistas acabam perdendo força pelo caminho.
esses mesmos sonhos me empurram pra frente, até que eu tropece nos projetos que me atrevo a colocar no mundo.
primeiro, penso por muito tempo - sem sair do lugar: planejo, calculo, conecto os pontos.
mas é só no desespero de pequenos momentos de euforia que me permito correr.
e, assim, avanço.
alguns chamam de coragem, mas é só um reflexo involuntário dos sonhos que moram em mim.
↓ bate-papo + um convite
plataformas mudando radicalmente de posicionamento, mau uso da inteligência artificial, influenciadores divulgando jogos de azar, alta circulação de notícias falsas, conteúdo criado para distrair e reter atenção.
superficialidade.
publicidade exagerada.
desconexão.
chegamos em 2025 e esse é o cenário do mundo digital.
se há 10 anos atrás a internet parecia um portal de esperança, hoje o discurso que ouvimos é outro.
os adjetivos escolhidos para descrever - em especial as redes sociais - são quase sempre negativos.
ficar offline nunca foi tão chique.
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mas, falando sério:
em um mundo que nos obriga a comprar no online, trabalhar no online, se entreter no online e se relacionar no online, não parece uma grande utopia imaginar que algum dia vamos voltar a viver apenas no mundo físico?
pensando nisso, entre minhas melhoras e recaídas no tempo de uso de telas, decidi dar uma última chance para as redes sociais.
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passei os últimos meses de 2024 identificando e observando pessoas que estão presentes nas redes de um jeito diferente.
gente que vai além da ideia rasa de criar conteúdo.
gente que desenvolve projetos legais de verdade, com propósito.
gente que sabe com quem está conversando e faz questão de trocar com o público escondido do outro lado dos likes.
gente que enxerga motivos para criar, publicar e estar presente no digital para além dos números.
gente que foge dos conteúdos que apenas distraem, e criam para eternizar ideias, registrar conceitos, inspirar, entreter, conectar.
e foi observando essa gente que voltei a acreditar que, talvez, ainda exista um jeito.
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nos últimos dois anos eu - e cada um de vocês - fizemos da teoricamente um lugar seguro na internet, e, só por isso, me sinto confiante o suficiente para ouvir e compartilhar mais com essa comunidade que começa a nascer.
é com muito frio na barriga que apresento a @teoricamente.news.
um espaço para compartilhar ideias, aprofundar nossas conversas e mostrar bastidores - tudo de um jeito bem leve, informal, descontraído.
sem posts super elaborados.
sem edições refinadas.
apenas um instagram com aquela vibe entre amigos típica de 2012, quem lembra?
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um perfil no instagram com gostinho de comunidade no orkut.
sem publis sem sentido (porque ninguém aguenta mais), sem filtros que retocam corpo/rosto, sem rotinas irreais, sem discurso de coach, sem trends da moda, sem posts feitos só para gerar polêmica e, claro, sem conteúdo demais (prometo menos quantidade e mais qualidade).
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então, fica aqui meu convite: me acompanha nessa última chance*?
*se der errado, a gente finge que nunca aconteceu.
✨
✨
↓ rapidinhas
uma seleção de links para te dar uma dose de otimismo sobre o futuro das redes sociais:
esse vídeo aqui - do canal Life of Riza, se a teoricamente fosse um canal de vídeos queria que fosse exatamente assim
esse podcast aqui - da com a , sobre criar a internet que queremos
esse talk aqui - do Jack Conte no sxsw 2024, sobre os riscos de criar para o algoritmo
esse podcast aqui - da Lela Brandão, sobre redes sociais e narcisismo
esse perfil aqui - da Bruna Martiolli, um insta literário com vibes de blogs de 2010
oi!
eu poderia só ter colado o @ do instagram aqui e pedido pra vocês seguirem, eu sei - mas isso não faria sentido nenhum…
de verdade, eu não acho que o instagram seja uma plataforma saudável, e sou contra muito do que está acontecendo por lá, mas não achei outro lugar melhor (pelo menos não por enquanto) - assim que ele for criado, é pra lá que eu vou!!
conto com sua presença aqui, toda quarta - e agora também na @teoricamente.news, pra gente bater papo, se conhecer e, quem sabe, transformar nossa relação com aquela rede - afinal, sonhar não custa nada 💫
até mais,
le :)
Sou educador no ensino médio e tem vários(as) estudantes Meus(minhas), com idades entre 15 e 19 anos, que não tem Redes Sociais de massa (IG, TikTok, Etc.) ou que quando tem, são low profile. Eles são uma geração que ja nasceu neste contexto de Redes Sociais e que talvez já não se deslumbre tanto com essas "novidades" algorítimicas. Que assim seja, pois a Internet e seus habitantes precisam cada vez mais de limites e de modos.
Excelente texto! Vou seguir a News!
Uma rede que sinto falta: orkut!!!