entre as grandes aventuras
e a semana útil
[edição 24 | tempo de leitura: 4 minutos] 🎧 pra ouvir baixinho enquanto lê
21 de novembro de 2021
Dentro da lancha, senti meus cabelos voando depressa, em todas as direções. De um jeito um tanto caótico, os fios se emaranhavam e voltavam a se soltar em uma dança rápida e sem fim.
Do lado de fora, o rio escuro e profundo, com pingos brancos brilhantes onde a luz encontrava espaço.
Rio calmo e bravo, veloz mas paciente. Depois de alguns minutos, além do rio vi um pássaro.
Daqueles que voam coladinho na água para saciar a sede antes de alçar voos distantes.
Fiquei ali, com o cabelo esvoaçando, admirando as curvas bem feitas que ele fazia. Cada levantar e abaixar de asas cronometrado, movimento contido mas poderoso, que o mantinha no céu.
Coloquei o braço para fora e senti o vento bater, passar por entre os dedos, fazer carinho no dorso da mão.
Olhei o pássaro,
Olhei a mão,
o pássaro
a mão
Livres e em alta velocidade no meio do nada, voando e contornando o rio.
O pássaro e a mão.
Apenas a mão sou eu. Mas a liberdade que vive em mim hoje, me faz sentir ser o pássaro.
Passo a maior parte dos dias dentro do quarto.
Na minha frente, um computador, seguido de uma parede metade branca, metade azul. Do lado esquerdo, uma pilha de livros que preciso arrumar tempo para ler. Do lado direito, uma garrafa cheia de água.
Eu sei que existe algo bonito na rotina, na ordem da vida, na semana útil, ou pelo menos é no que eu tento acreditar. Mas não consigo negar que são dos momentos extraordinários que minha alma lembra nas pausas entre uma reunião e outra.
Quando olho pela janela do meu quarto (que há três anos é também meu escritório) e, ao invés do mar, enxergo apenas outras casas, fecho os olhos e me imagino bem longe de São Paulo, do trânsito, do barulho e dos muros de cimento.
O texto que escolhi para a edição de hoje é um que costumo reler quando a saudade de viver me bate forte. Não é que a vida ordinária não tenha também suas belezas, mas são as grandes aventuras que fazem a monotonia do cotidiano valer a pena.
“A gente chega nos mesmos lugares, porque viajar tem se tornado menos sobre nossos desejos e personalidades, e mais sobre mostrar para o mundo que estamos ali”.
🔗 A internet pode estar estragando a magia das viagens. Essa edição da explica como.
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“Há cerca de 193 nações e 2,5 milhões de cidades no mundo. Ainda assim, um levantamento recente do Conselho Mundial de Viagens e Turismo revelou que de 1,4 bilhão de viagens internacionais feitas em um ano, mais de 40% se concentraram em 10 países”.
🔗 Como explorar melhor esse mundão? Essa edição da The Summer Hunter lista alguns destinos não tão conhecidos para fugir da mesmice do Instagram.
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“Quando você toma coragem e finalmente vai viajar sozinha, o que antes era insegurança e medo, vira autocuidado, empoderamento, independência e liberdade”.
🔗 Viajar sozinha foi (e continua sendo) uma parte muito importante do meu processo de autoconhecimento. Essa edição da Sofia’s Newsletter dá dicas para quem quer embarcar nessa aventura.
Sabia que dá pra curtir esse texto? É só clicar no coraçãozinho ❤️ no início ou no fim do e-mail.
🥛 A vida não é feita só de altos e baixos, temos também uns terrenos planos no meio. Essa edição da
fala disso de um jeitinho especial.🎤 Simplesmente feliz e em paz com esse novo lançamento da Dua Lipa.
📚 Estou chegando na metade de “Belo mundo, onde você está”, da Sally Rooney. Uma leitura para relaxar e refletir sobre o caos que são as relações amorosas no século XXI. Recomendo!
Oi!
No fim da edição de hoje fiquei pensando em compartilhar mais sobre o que estou lendo, algumas indicações, citações legais e reflexões de livros que conversam com o tipo de conteúdo da
. Se você se interessa, me conta aqui:
“Acabei de ler e amei muito a perspectiva que trouxe pra a história da Nike-Jordan e as provocações, viu?! Tô aqui pensativa, pensativa...”
☝🏼 Recebi esse comentário sobre a edição da semana passada. Se você ainda não viu, vem ver:
o que vem primeiro
[edição 23 | tempo de leitura: 6 minutos] São as narrativas que existem no mundo que moldam nossas ações ou é a mudança das nossas ações que influenciam o jeito como falamos sobre as coisas do mundo? Essa é uma pergunta que me persegue desde que comecei a me interessar por comunicação, comportamento e sociedade. Afinal, o que vem primeiro? A pressão pela…
👩🏼💻 A Teoricamente é escrita por Leticia, profissional de comunicação sempre estudando sobre marca, comportamento e narrativa. Você pode me encontrar no LinkedIn e no Instagram (com mais frequência do que deveria).
Estou ansiosa para conhecer Morro de SP e viver grandes aventuras. kkkk