[edição 41 | tempo de leitura: 4 minutos]
minha vó tinha um quintal cheio de plantas e flores.
vasos por toda a parte que extrapolavam o limite do pequeno jardim do lado esquerdo do portão de ferro que separava o quintal da calçada.
eram tantos que eu e meu pai criamos uma brincadeira de contar todos eles. a cada domingo, um novo vaso surgia, e assim, aquela casa pequenininha ia ficando cada vez mais colorida.
minha parte favorita era assistir quando uma nova muda de planta chegava.
minha vó, com todo o cuidado, enraizava a nova habitante em algum lugarzinho do quintal.
e enquanto eu assistia com atenção, ela ia dizendo que a planta não era só enfeite.
também tinha que regar,
ajeitar a terra,
adubar do jeito certo e,
quando a hora chegasse, podar as folhas secas.eu, ainda bem criança, ouvia e balançava a cabeça em afirmação, mostrando que entendia, mas a verdade é que não enxergava todos os ensinamentos que a jardinagem trazia e foi só depois de muitos anos que entendi o maior deles:
às vezes algo precisa ser cortado para que possa, enfim, florescer.


essa é a última edição do mês e ela inaugura uma nova tradição por aqui, um formato mais curtinho com um texto pequeno e vários links legais que fui salvando ao longo do mês e que merecem sair da minha pasta de “salvos” e chegar até você :) espero que goste!
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🔎 as classes C, D e E representam 84% do mercado brasileiro, será que as marcas estão se conectando com esse público? é o que o estudo Brasil Corre, da Consumoteca, investiga. o vídeo aqui embaixo é uma introdução legal do tema:
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🥹 esse post desenhou várias partes de São Paulo como animação da Pixar e me fez pensar em como, apesar da cidade ter potencial de ser muito melhor, ainda assim, não deixa de ser linda. a famosa relação de amor e ódio que só quem vivem em SP entende. e pra quem (assim como eu) vive em Osasco, a prefeitura também entrou na trend.
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🫠 mas, infelizmente, São Paulo não é um filme da Disney e a realidade é bem essa:
na edição #40 - novos luxos a gente falou um pouco sobre as preciosidades das cidades grandes e tem tudo a ver com isso ai, vai lá ver :)
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🎬 e por falar em animação e cidade grande, esses dias assisti elementos, e me surpreendi com a genialidade de utilizar narrativas infantis para falar de grandes problemas. com certeza uma das minhas animações favoritas dos últimos tempos, e esse carrossel mostra o porquê deu tão certo:
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📚 meu livro da vez é: "a mãe da mãe de sua mãe e suas filhas", da María José Silveira. nessa obra, a autora reconta a história do Brasil (desde o descobrimento), a partir de uma linhagem de mulheres. preciso dizer que estou quase na metade do livro e ele me prendeu demais! me senti desbravando essas terras junto com cada personagem. indico muito a leitura 🤝
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📂 dica: os links compartilhados por aqui ficam salvos e organizados por tema no banco de teorias, o acervo de links da teoricamente :)
novos luxos
[edição 40 | tempo de leitura: 3 minutos] trabalhar de casa viajar todo ano ter um carro morar em uma cidade em que você não precisa de carro ter uma árvore que faz sombra no quintal ter um quintal comer a comida da sua mãe todo dia morar sozinha se exercitar
👩🏼💻 A Teoricamente é escrita por Leticia, profissional de comunicação sempre estudando sobre futuro, comportamento e narrativa. Você pode me encontrar no LinkedIn, no Instagram e agora no Tiktok também (com mais frequência do que deveria).
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