[edição 25 | tempo de leitura: 6 minutos] 🎧 pra ouvir baixinho enquanto lê
25 de julho de 2022
Tenho andado monotemática, falando só de amor.
E quanto mais eu falo, mais penso que, no fundo, o amor é tudo mesmo.
Amar a si mesmo do jeito que se é, amar seus sonhos e o futuro que luta para ter, amar o passado e tudo o que ele te ensinou e amar sobretudo o presente, que liga os dois tempos e transforma tudo o que você já foi nas coisas que ainda será.
Viver é amar intensamente quem se ama de graça e se esforçar para amar quem custa caro.
Reflito aqui sozinha e concluo que é o amor que quero levar comigo (se é que se leva algo) quando sair desse mundo.
O amor pelas coisas que criei, pelas pessoas que me conectei, pelos lugares que conheci e sensações que experimentei.
Enquanto viver, quero me permitir amar e sentir amor… por tudo.
Por mim,
pelos outros,
pelo mundo.Viver e amar,
amar viver e
viver amando.
Desde criança somos ensinados a aspirar pelo amor, sem nunca entender bem o que esse sentimento significa.
Nos dizem que é o que pais e mães sentem pelos filhos, mas é também o que namorados sentem um pelo outro. É o que eu já senti pelo meu brinquedo favorito e o que hoje sinto pela minha casa.
Falam que ele só traz felicidade, mas descobrimos com o tempo que é ele quem abre a porta para que, em algum momento, você sinta dor.
O amor.
Foi a Rita Lee quem me ensinou a diferença entre ele e o sexo, que tantas vezes me venderam como uma consequência, mas nem sempre é.
E nas religiões, o amor costuma ter um espaço especial reservado nas escrituras, nos ritos ou nos cantos.
Na minha casa, pouco se fala do amor em si. Mas consigo senti-lo nos gestos, nas refeições em volta da mesa, no bom dia que trocamos de manhã e nos desabafos sobre a rotina, entre uma louça lavada e um café quentinho.
Ainda assim, não tenho dúvidas que foram os filmes, livros e músicas que mais influenciaram a ideia que eu criei sobre o que é amor. E que agora, com 25 anos, me vejo questionando cada vez mais.
São tempos estranhos para os românticos.
Nas últimas décadas, o sentir foi muito questionado, porque os códigos para se relacionar ficaram confusos.
Os aplicativos de namoro e as redes sociais subiram uma barreira de insegurança ainda maior entre duas pessoas tentando se encontrar. Isso porque, como disse muito bem o filósofo polonês Zygmunt Bauman, conhecido por ter criado o termo “amor líquido” para definir as relações passageiras e superficiais que vivemos atualmente:
O grande atrativo da internet não é a facilidade de conectar e fazer amigos. O maior atrativo é a facilidade de desconectar.
Ainda segundo Bauman, apesar do amor continuar sendo um tema popular e presente em todas as formas de entretenimento:
O amor é mais falado do que vivido e por isso vivemos um tempo de secreta angústia: “Estamos todos numa solidão e numa multidão ao mesmo tempo”.
E vai ver é por isso que nos perdemos.
As histórias de amor que nos vendem nas telas não se encaixam no mundo real.
Porque o amor de verdade não cabe nos roteiros repetidos de Hollywood. Ele é cheio de definições, sujeito à milhares de interpretações e se manifesta em linguagens diferentes.
Mas me conforta pensar que, se o amor é mesmo tudo isso, em alguma forma, língua ou lugar ele há de aparecer.
Para mim, para você e para todo aquele que estiver disposto a sentir, alegria ou dor, em nome do amor.
"A Geração Z terá os casamentos mais bem-sucedidos até agora, porque eles estão investindo em bem-estar emocional e comunicação clara".
🔗 Quem disse isso foi o Especialista em Relacionamento do Tinder, Paul Brunson, na pesquisa The Future of Dating. Parece que ainda existe esperança para quem acredita em uma versão melhorada do amor à dois 🤞🏼
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"Para além de certa ou errada, essa sociedade está preparada para o impacto de soluções tecnológicas para aspectos tão essencialmente humanos?"
🔗 Pessoas se relacionando com inteligências artificiais. Parece o roteiro de um filme de ficção científica, mas é só a vida real. Que a Inteligência Artificial já chegou nas nossas casas é fato, mas ela parece estar ganhando cada vez mais espaço nos corações de uma galera também. Essa edição imperdível da
vai te deixar assim: 🤯
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“Algumas pessoas estão dispostas a chamar praticamente qualquer pessoa de amiga e ficam bem com isso. Mas outras tendem a ser muito mais restritivas em relação a quem consideram amigo. Só por essa diferença nos critérios, dá pra observar desconexões ou discordâncias em relação ao nível de proximidade”
🔗 Uma reflexão bem bonita sobre as amizades em tempos de redes sociais feita nessa edição da
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Uma das séries que mais me ensinou sobre diferentes tipos de amor de um jeito, às vezes desconfortável, às vezes cômico, foi Fleabag. Essa cena curtinha tem uma das falas mais bonitas que eu já ouvi. Na minha opinião, ela é a que melhor resume esse tema impossível de resumir.
“O amor não é para pessoas fracas. Ser romântico exige muita esperança... Quando você encontrar alguém que ama, sentirá uma sensação de esperança”
📹 O conselho de um casal casado há 50 anos que me fez pensar muito sobre como enxergamos as relações que dão certo, nesse reels.
🎙 Um podcast sobre a história do amor como o conhecemos que me fez refletir e dar boas risadas ao mesmo tempo.
⭐️ Amor de ídolo e fã também é amor. As fotos do funeral da Rita Lee capturaram esse sentimento de um jeito bem especial.
Oi!
Essa foi uma edição para os românticos incuráveis (grupo do qual eu faço parte desde adolescente 🥲).
Espero que ela tenha feito você refletir sobre as narrativas irreais sobre o amor que nos cercam, mas também tenha te dado esperança e aberto seus olhos para enxergar esse sentimento em lugares e pessoas onde, até então, você nem tinha procurado.
Até quarta que vem!
Le
👩🏼💻 A Teoricamente é escrita por Leticia, profissional de comunicação sempre estudando sobre marca, comportamento e narrativa. Você pode me encontrar no LinkedIn e no Instagram (com mais frequência do que deveria).
❤️