[tempo de leitura: 3 minutos]
entre as muitas de definições da palavra "sentir” no dicionário, está essa aqui:
“ser sensível; deixar-se comover ou impressionar.”
em nenhum momento fica claro se é para o bem ou para o mal. resta então estarmos preparados para os dois.
o texto de hoje não é feliz, mas nem todos os textos podem ser. afinal, estamos no mundo e somos sensíveis a ele.
boa leitura!beijos, le
um texto ✍🏼
algum tempo atrás decidi me blindar das angústias do mundo.
começou em 2020, quando percebi que eu não era tão forte quanto minha versão adolescente pensava ser. e que, talvez, arrumar o que está errado fosse tarefa para outras pessoas.
foi então que eu parei de assistir o jornal, deixei de seguir os podcasts de notícia e sai da sala sempre que o assunto passava a ser alguma tragédia.
não foram poucas as vezes que desconversei de qualquer tema difícil de engolir.
eu não queria que aquelas imagens invadissem meu sono. eu não queria que elas fossem combustível para mais uma crise de ansiedade.
eu não queria sofrer pelo mundo, e, por isso, deixei de senti-lo.
durante as últimas semanas, depois de muito fugir das imagens da tragédia do rio grande do sul, elas fizeram seu caminho até mim, e me acertaram em cheio, junto com mais um pensamento incômodo:
é impossível estar no mundo sem senti-lo, porque ser humano é ser sensível.
ignorar a dor do outro nunca será uma saída.
a edição de hoje termina com um pedido que você já ouviu diversas vezes: ajude as pessoas do rio grande do sul. no fim do e-mail você encontra três links confiáveis para contribuir.
duas citações 💬
“competindo com as milhares de trends que nascem e morrem todos os dias e as preferências esquizofrênicas do algoritmo, resta saber: quantos likes a crise climática merece?” [link]
agora (e ano passado) foi o rio grande do sul, mas não faz muito tempo era o rio de janeiro e santa catarina. fora as regiões onde há secas, queimadas, calor extremo. não parece haver hoje uma tendência maior. [link]
três links 🔗
🤝
a maior campanha solidária do rio grande do sul. uma iniciativa do instituto vakinha, pretinho básico e badin colono [link]
🍉
rede de bancos de alimentos do rio grande do sul. um canal confiável para doar qualquer quantia. pix: 04.580.781/0001-91 [link]
🧻
produtos de higiene pessoal e medicamentos. campanha de uma conhecida, que está comprando itens a preço de custo e enviando para as vítimas. as arrecadações e compras são publicadas via instagram, com muita transparência. pix: vakinhadsj.rs@gmail.com [link]
Impossível ficar ausente diante dessa destruição, precisamos ter Fé e Confiar na misericórdia de Deus que tudo vai ficar bem no RS.