[tempo de leitura: 4 minutos]
oi!
essa semana a teoricamente passou dos 600 inscritos. um pequeno passo para os criadores de conteúdo com milhares de seguidores, mas um passo emocionante para uma humilde escritora de e-mails.
obrigada por ser parte desse grupo e me incentivar a continuar fazendo o que mais amo: escrever sobre a vida, as pessoas e o mundo.
aproveite a leitura de hoje.até quarta que vem,
le :)
conheci uma pessoa que moía o próprio café.
todos os dias, ele acordava bem cedo, pegava um punhado de grãos e moía com paciência. o grão virava pó e depois era coado para, só então, estar pronto para beber.
fiquei intrigada.
essa era a época em que as máquinas de café invadiram as casas. todo mundo queria a praticidade das cápsulas de alumínio. além disso, o bom e velho café em pó era tão acessível e, na falta de filtro de papel, já existia o solúvel.
entre tantas opções, ele escolheu a mais difícil.
lendo a confusão estampada na minha cara, ele sorriu e respondeu:
- “se eu não tiver tempo para moer meu próprio café, então eu não tenho tempo para mais nada”.
na última sexta-feira, acordei com vontade de pão francês. eu tinha duas opções: seguir a agenda do dia e comer o que tivesse em casa, ou, ir contra o planejamento e dar um pulinho na padaria que fica a dois quarteirões de distância.
enquanto caminhava pelo bairro que ainda despertava, ouvi os passarinhos brincando nas árvores e assisti os cachorros passeando com seus donos enquanto as primeiras pessoas chegavam no ponto de ônibus, prontas para trabalhar.
na padaria pedi só um pão:
- “só um?” - a atendente perguntou.
- “só um” - eu respondi.
e sai de lá sem apressar o passo.
- “que se dane o planejamento” - falei pra ninguém ouvir, enquanto sentia o pão quentinho em minhas mãos.
e foi bem nesse momento que eu finalmente entendi.
se não tivermos tempo para moer nosso próprio café, comprar pão fresquinho na padaria, levar o cachorro para passear, caminhar ao invés de correr, de fato, só sobra tempo para o que esperam de nós.
enquanto chegava a essa conclusão, não pude deixar de lembrar que, antes de me responder ele sorriu, como quem sabia um segredo que ainda não podia contar.
no caminho de volta pra casa foi minha vez de sorrir, como quem entende uma piada com um atraso constrangedor.
desde aquela conversa anos se passaram, e eu se quer tenho contato com quem me disse a tal frase. mas, de um jeito estranho, sinto que agora eu e ele compartilhamos essa piada interna, como se fizéssemos parte de um mesmo grupo.
o clube de quem entende que existe tempo pra tudo.
🎞️
como você documenta sua vida?
essa é uma pergunta que sempre trago pra cá porque vive na minha cabeça. semana passada, sem querer, descobri um novo canal do youtube que me fez querer registrar tudinho daquele jeito. a riza, dona do canal, estuda cinema e aplica o que sabe pra registrar sua própria vida: momentos cotidianos, datas e viagens especiais, reflexões… é bem bonito de ver. eu diria que, se a teoricamente fosse um canal de vídeos, seria tipo assim :) [link]
⏰
a vida não é infinita, mas é mais longa do que gostamos de admitir.
nos venderam a ideia de que a vida deveria ser construída até os 20, vivida aos 30 e repetida a partir dos 40, mas ao 26 já consegui perceber que não é bem assim. essa é uma reflexão sobre enxergar o passar do tempo enquanto assisto meus pais vivendo suas vidas: [link]
🫵🏼
só você pode salvar o seu dia
uma ação que faça seu dia ter valido a pena. uma atividade no meio da agenda cheia que esteja lá só pelo seu próprio prazer. é isso que esse episódio de podcast propõe. falando assim até parece fácil. bora tentar? eu já comecei minha lista por aqui. [link]
Ler esse texto pela manhã me fez sair de casa para comprar pão e ainda cantarolar Oasis plo caminho enquanto sorria para as pessoas por ter descoberto esse segredo.
Como boa mineira que sou, romantizo e valorizo tomar um cafézinho! Acompanhado de um pão de queijo quentinho e assado na hora, não tem melhor! E nossa, como é bom saber que existe no mundo pessoas que entendem a magia por trás disso! Acho que faço parte do clube (mesmo sem moedor)!