[tempo de leitura: 4 minutos]
muita gente chegou por aqui na última semana!
me sinto feliz e honrada em ver que, aos poucos, a teoricamente está indo mais longe do que eu me permiti sonhar. obrigada por fazer parte disso.
hoje cheguei mais tarde que o normal na sua caixa de e-mail, mas não podia deixar nossa conversa pra outro dia. afinal, nos encontramos toda quarta.
boa leitura e até semana que vem,
le :)
no meio de uma conversa entre duas mães sobre seus filhos, uma delas disse:
- “eu sinto que cumpri minha missão, sabe? casei meu filho".
eu, que me encontrava no meio do assunto "maternidade" por total acaso, recebi a frase com uma pontada de incômodo.
ela então olhou pra mim e completou:
- “você ainda não é mãe, mas um dia vai entender. queremos deixar esse mundo sabendo que a vida dos nossos filhos está encaminhada".
minha mãe, na outra ponta da conversa, balançou a cabeça em sinal de afirmação, provavelmente lembrando que ainda não tinha casado suas filhas, o que indicava que seu trabalho não tinha chegado ao fim.
"é uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro e muito rico precisa de uma esposa”.
assim começa "orgulho e preconceito", o clássico romance inglês publicado em 1813.
casamento é o tema central de jane austen, autora dessa e de muitas outras obras mundialmente conhecidas.
seu livros retratam a busca desesperada de jovens mulheres e suas famílias, na maior parte das vezes desafortunadas, por uniões com homens bem sucedidos.
o papel de encontrar o parceiro ideal é, geralmente, das mães. como no caso da senhora bennet, uma mulher cheia de truques para garantir que suas filhas façam um bom casamento, trabalho que ela encara como sua única missão de vida.
mais de dois séculos separam “orgulho e preconceito” daquela conversa entre mães que presenciei dias atrás. ainda assim, eu acreditaria se me dissessem que a cena saiu de um dos livros de jane austen.
enquanto a mulher me olhava, aguardando uma resposta, apenas sorri e afirmei com a cabeça.
escolhi discordar só por dentro, em silêncio, pois sei que meu conceito de sucesso é grande demais pra pesar nos ombros de alguém além de mim. sei que seria injusto basear minha vida em um casamento, e saber disso já é o bastante.
cruzei o olhar com minha mãe, e mesmo de relance percebi, ela também entendia. ela sabia que tinha criado uma mulher livre, que ama, mas não depende do amor do outro para caminhar. não havia mais nada que eu precisasse explicar.
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estamos escolhendo direito?
uma conversa em formato podcast sobre quem escolhe nossas escolhas. já parou para se perguntar porque você sonha em se casar? ou ir para um país especifico? ou trilhar aquela carreira? vez ou outra é bom (apesar de difícil) reavaliar nosso rumo. eu tô fugindo desse confronto há meses… [link]
📌
eu não sou o outro
“enquanto a vida me encharca de possibilidades do que ser, do que fazer e com o que sonhar, tento me lembrar que nem tudo me convém (…) nem sempre me lembro do que realmente quero, tem dias que os desejos dos outros se sobrepõe aos meus. mas eu não sou o outro, e disso é sempre bom lembrar”. [link]
🙋♀️
a síndrome da escolhida
talvez você só entre em relacionamentos que não te levam a lugar nenhum por um motivo: aprendemos que a única coisa pior que ser escolhida por alguém que não queremos é não ser escolhida por mais ninguém. [link]
🍿sex marriage and the city
casamento também é o assunto que rodeia a história de quatro mulheres vivendo em nova york no finalzinho dos anos 90. "sex and the city" deixa claro que as angústias que jane austen descreveu continuam vivas na cidade grande. essa é minha série de conforto atual - indico se quiser dar boas risadas. [disponível na netflix]
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uma música que merece ser recitada tipo poesia
eu me encho de esperança, de algo novo que aconteça / quem despetala a rosa estará lá pro que aconteça? / nuns dias, sou carente, completa, suficiente / quero amor correspondente pra testemunhar / quando eu alçar o voo mais bonito da minha vida. [link]
Simplesmente incrível
Tenho certeza que realmente criei duas mulheres fortes e capazes de enfrentar esse mundo sem precisar de ninguém e que tem as suas próprias escolhas, graças á Deus posso sentir essa força em vcs. Parabéns