[edição 37 | tempo de leitura: 5 minutos]
“o que é o amor, afinal? exceto o desejo irracional de deixar de lado a competitividade evolutiva para facilitar a jornada de outra pessoa pela vida?”
- “Amanhã, amanhã e ainda outro amanhã”, da autora Gabrielle Zevin.
por anos, meus pais me acordaram no dia 25 de setembro com um café da manhã especial.
pensando bem, não era assim tão diferente de qualquer outro, mas era o café da manhã do meu aniversário.
era a data que mudava tudo.
e era também o carinho de comprar minha fruta favorita e entrar no quarto cantando parabéns, com uma bandeja na mão e um sorriso no rosto.
um detalhe pequeno, um café da manhã barato, um parabéns curtinho antes dos dois seguirem com o dia de trabalho que começava bem cedo.
todo o amor do mundo em cima de uma bandeja, no quarto de um apartamento pequeno, no dia 25 de setembro.
por anos, o café da manhã foi nosso jeito de dizer "feliz aniversário".
quando eu cresci, chegou minha vez de fazer um misto quente para minha mãe no dia 10 de novembro e preparar algo diferente para a minha irmã no dia 23 de agosto, até chegar a vez dela de fazer o famoso bolo de fubá cremoso do meu pai todo dia 21 de junho.
e assim, sem nos darmos conta, criamos uma nova tradição: todo ano, por anos, nos revezamos para tornar o café da manhã de aniversário um do outro 1% mais especial que no resto dos dias.
esse ano, pela primeira vez em mais de 20 anos, não tomamos café da manhã juntos.
eu mudei de casa e, com isso, o café da manhã em família passou para a janta.
nesse, que foi meu 26º aniversário, me bateu aquela saudade profunda de acordar aos sete anos de idade, sabendo que a qualquer momento meus pais entrariam no quarto com uma bandeja na mão.
porque era o meu dia.
e meu dia era especial.
porque eu sou especial para alguém.
e o que antes parecia só um "feliz aniversário” hoje soa para mim como um grande “eu te amo".
sem perceber, na simplicidade da vida, meus pais me ensinavam mais uma lição: crianças amadas se tornam adultos que amam.
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para ouvir: essa música, de uma das minhas cantoras favoritas, que sempre serve como mantra para os meus dias mais difíceis e tem o poder de me colocar pra cima. já conhecia?
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para ler: o livro “Amanhã, amanhã e ainda outro amanhã”, que foi de onde eu tirei o trecho que abriu a edição de hoje. ele tem uma história com o poder de te fazer refletir e relaxar ao mesmo tempo. já tô no finalzinho, mas com dó de terminar. mais alguém sofre desse mal? (aceito indicação para o próximo livro nos comentários, ajude essa amiga aqui 🙏🏼)
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👩🏼💻 A Teoricamente é escrita por Leticia, profissional de comunicação sempre estudando sobre futuro, comportamento e narrativa. Você pode me encontrar no LinkedIn, no Instagram e agora no Tiktok também (com mais frequência do que deveria).
Esse café da manhã de 25/09, tb fez falta para nós pq esse foi o nosso primeiro ano que nossa princesinha virou uma Águia e voou e estamos orgulhosos dessa mulher forte.Te amamos muitoooo filha.
De uma Lê para outra Lê, que prazer te conhecer! Feliz Aniversário!